sexta-feira, fevereiro 20, 2009

A tristeza...a inspiração...


Eu não me sinto feliz..
Nada de sério ou grave, ou novo aconteceu, qualquer motivo que pudesse me deixar assim...nada...
Eu me sinto oprimida, pressionada, entristecida. Sem ar.

Essa semana voltei a estudar em casa, fui a biblioteca com o Hunter. Ele me comprou todo material que eu irei precisar: cadernos lindos, estojo lindo, coisas que eu nunca tive e que sempre alimentei pequenos sonhos de possuir.Sonhos estes que já haviam sido esquecidos, amortecidos pelo tempo..e o que sobrara era só uma amarga frustração escondida na parte mais funda do coração.
Ele veêm me incentivando muito, desde que falei que pensava em começar a estudar novamente, para quem sabe futuramente fazer o ENEM e/ou o vestibular.
Tem me animado muito. Isso tudo ajuda a me erguer, a eu ter mais vontade de investir nos estudos cada vez com mais força sim. Mas por outro lado, eu sinto dentro de mim uma tristeza, uma pressão. Como se eu não tivesse outra saída. Não tivesse como escapar. E tudo vira apenas uma pesada obrigação..que vai sobrecarregando meus ombros.
Sobrecarregando minha alma.
Enchendo-me de desesperança, de derrotismo, e de uma baixa auto-estima.
Eu não sei o que fazer.
Não tenho vontade de envolver-me novamente em um ambiente escolar, de fazer novos amigos, de ter trabalhos sendo cobrados, de ter q me reunir com um grupo, de ter que acordar cedo e dormir cedo, de ter q pegar conduções todos os dias para ir para uma faculdade e coniver com pessoas que não me fazem bem.
Não quero ter q seguir modinhas, fazer o que todo mundo faz e ainda por cima achar isso legal ou encarar como uma "lição de vida".


Porém ao mesmo tempo eu sei que senao tentar, nao entrar numa faculdade, ninguém sentirá orgulho de mim. Todos me verão apenas como A Fracassada que não teve força de vontade para crescer e subir na vida. Os que ficarem ao meu lado será por mera pena e não por outro motivo.
Eu sei que se não conseguir para sempre minha irmã e meu pai me chamarão de inutil.
E o Hunter....ele me verá apenas como uma acomodada, e jamais me admirará por nada.
Admirará a outras garotas, aos seus amigos, ou as suas antigas alunas que progrediram na vida.
Eu serei apenas um nada.

Um nada.
Um nada ainda mais insignificante do que já sou.

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